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setembro 23, 2014

VIOLETA AFRICANA (Saintpaulia)



Violeta Africana (Saintpaulia)
Nome Comum: violeta do Japão, Violeta
Familia: Gesneriaceae
 
Descrição:
Pequena planta de folhas aveludadas com formato de coração, agrupadas em torno de um centro do qual nascem caules curtos, verticais e tenros, de onde nascem as flores. De cores variadas (azul, rosa, branca, púrpura ou vermelha), as flores da Violeta Africana podem durar todo o ano, desde que a planta esteja numa localização que tenha as condições ideais abaixo indicadas. As flores têm 5 pétalas podendo ser dobradas, multicoloridas, frisadas ou com mais de uma cor na mesma planta, ou ainda com pétalas sobrepostas.

Origem:
A Violeta Africana – da qual existem entre 6 a 20 espécies – é nativa de um pequena região montanhosa da Tânzania, ao longo dos vales húmidos tropicais daquele país da costa oriental da África situado a norte de Moçambique, junto a terrenos rochosos ou sob árvores.
 
Cultura:
As Violetas Africanas são certamente das plantas domesticamente mais utilizadas em todo o mundo, sobretudo devido à beleza das flores e ao contraste com o verde escuro das folhas. Porém, por mais atraentes que sejam têm também truques para se obter um melhor resultado.

Luz:
É um dos segredos que leva a maximizar o tempo de floração desta planta: para se conseguir flores durante praticamente todo o ano, a Violeta Africana precisa de um mínimo diário de 12 horas de luz solar indireta. Se tiver 14 horas melhor ainda. Portanto, coloque-a junto a uma janela virada a sudeste ou a sudoeste, afastada do vidro e sem exposição direta aos raios solares e a sua planta está pronta para florir de forma praticamente contínua.
No verão convém afastá-la um pouco da janela durante o período mais quente da tarde e no inverno deve ser posta num local com muito sol todo o dia. Se não for possível no inverno proporcionar-lhe as horas de sol necessárias, pode colocar-se o vaso sob uma lâmpada com 5000 lux de modo a completar as 12 horas mínimas que a planta requer para florir.
Se as folhas começarem a aparecer finas e escuras, então é sinal de que a luz que recebe é insuficiente. Os caules das folhas ficam também mais compridos e finos, um sinal de que a planta procura mais luz.

Humidade:
Regue com frequência o solo de maneira uniforme mas não em abundância, porque com a água a mais a planta morre. O vaso deve ter saídas para o excesso de água que tem de ser escorrida no fim de cada rega para não acumular. Também não convém deixar secar o solo, daí ser aconselhável regar pouco todos os dias se possível. O truque é tocar na superfície do solo com o dedo e se estiver seca deve regar.
Regue a partir de cima e em quantidade razoável, para que os sais minerais acumulados desçam e a prazo sejam arrastados do solo. Mas não em cima das folhas, sobretudo porque se a água não estiver a uma temperatura correta, a folhas ressentir-se-ão. Por isso é mais seguro regar apenas o solo de cima para baixo e sem excessos.
Outro segredo é a temperatura da água, que tem de ser igual à temperatura ambiente do local onde o vaso se encontra pois a água fria fará a planta sofrer. A qualidade da água também é importante, convém que seja macia, de preferência água da chuva ou água desmineralizada, nunca calcária ou dura. Regue apenas o solo e não em cima das flores ou das folhas.
Como a Violeta Africana gosta de muita humidade também é uma boa solução colocar o vaso sobre um prato ou tabuleiro com seixos, deitando um pouco de água abaixo do nível dos seixos para que evapore lentamente mantendo o ar à volta da planta constantemente húmido. É por esta razão que casas de banho e cozinhas são locais onde as plantas se dão particularmente bem devido à maior humidade do ar, isto desde que o número de horas de luz também seja suficiente. Uma casa de banho ou uma cozinha escuras não servirão. Lembre-se, a base do vaso não pode ficar nunca em contato com a água!

Fertilização:
A Violeta Africana é fertilizada de duas em duas semanas, se tiver muita luz pode ser ao longo de todo o ano, utilizando-se preferencialmente um fertilizante líquido com elevado teor de potássio (K) e fosfato (P). Na série NPK significa que o primeiro algarismo (azoto) deve ser mais pequeno que os dois seguintes. Um fertilizante rico em azoto apenas fará com que as folhas cresçam mais, mais verdes e em maior número, em detrimento das flores que dependem mais dos níveis de fósforo ou potássio. A melhor dose de fertilizante contudo deve ser baixa, recomendando-se a redução da dose recomendada na embalagem para menos de metade, porque é suficiente para este tipo de planta. 

Resistência:
Não resiste em locais com temperaturas abaixo dos 16ºC. A temperatura ideal é entre 17º-18ºC de noite e 22º-24ºC de dia, sempre com muita humidade como referido. Evidenciam sinais de stress quando sujeitas a súbitas mudanças de temperatura ambiente e sofrem quando colocadas junto a uma janela fria. São portanto plantas sensíveis à temperatura, seja ela do ambiente ou da água. Se as folhas enrolarem pode ser sinal de frio excessivo. Se ficarem moles e com poucas flores, a temperatura estará porventura demasiado alta e/ou a humidade baixa.

Propagação:
Muito fácil, a partir de uma folha sã, corta-se o pecíolo um pouco abaixo do início da folha e mergulha-se este pézinho em pó para criar raízes (à venda nas floristas) ou se não se tiver este facilitador, planta-se apenas a folha num vaso com terra húmida, coberta por um plástico transparente que coloque num local onde a  temperatura esteja entre os 24º e os 26ºC. Novas folhas aparecerão no espaço de duas ou três semanas, corta-se a folha mais velha e planta-se num vaso não muito grande a nova Violeta Africana. Também é possível reproduzir a partir de uma folha cujo pé se coloca dentro de um recipiente com água, a qual se vai acrescentando com água nova à medida que evapora.

Aplicações:
Em Portugal a Violeta Africana é uma planta de interior em virtude do clima não ser tropical. Preferem ter as raízes mais juntas por isso os vasos não devem ser grandes e dão-se melhor nos vasos de plástico do que nos de barro. Mudam-se de dois em dois anos para novos vasos com terra/substrato novo, mantendo a dimensão pequena do vaso proporcional ao tamanho da planta.