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julho 29, 2014

MANDEVILLA



Mandevilla
Nome Comum:
Dipladénia, mandevilla, allamanda rosa
Família: Apocynaceae (Família dogbane)

 
 

Descrição:
A Mandevilla é uma planta trepadeira, cujo caule fica lenhoso quando a planta é adulta, muito apreciada pelas suas belas formas e cores nas regiões de clima quente e moderado onde se dá muito bem. Quando na sua melhor forma, produz uma quantidade enorme de flores muito vistosas que nascem em conjuntos a partir de um pequeno pé, contrastando com o fundo verde escuro das folhas e com a forma de um trompete, com um “pescoço” branco e amarelo, podendo atingir um diâmetro de 10 cm .
 
A Mandevilla, que também é conhecida por Dipladénia, produz constantemente flores abundantes a partir do momento em que a temperatura começa a subir, podendo nas regiões com invernos moderados e quando abrigada, florescer em menor quantidade durante todo o ano.

A partir de um ou mais troncos principais – dependendo de como terá sido podada na estação anterior – nascem raminhos que se vão desenvolvendo e que se agarram uns aos outros ou mesmo a qualquer suporte que exista por perto, podendo atingir uma altura de 2 ou 3 metros.

As suas bonitas folhas de cor verde escura brilhante, podem chegar a ter 20 cm de comprimento e 8 a 10 cm de largura, contrastam com o colorido abundante das flores, proporcionando uma bela trepadeira para colocar contra uma parede, num alpendre ou num pátio soalheiro.

A designação “Dipladenia splendens”, nome pelo qual esta planta era conhecida antes e que ainda hoje por vezes continua associado à Mandevilla, é hoje considerada um sinónimo o que não é totalmente correto.
 
As flores da Mandevilla podem ser cor de rosa, vermelhas, brancas ou amarelas, variando de tamanho consoante o hibrido em questão.

Origem:
É nativa do sudeste do Brasil, mas hoje em dia é cultivada em qualquer região do mundo desde que o clima seja quente ou moderado. Em Portugal existe à venda em quase todos os viveiros conhecidos, apresentando-se em vasos de tamanho variado, uma vez que mesmo muito jovem esta planta pode dar flor o que a torna muito atraente comercialmente.

Cultura:
Resiste à brisa salgada do mar, podendo por essa razão ser plantada perto da praia desde que exista uma linha de dunas ou qualquer outro elemento a protegê-la. Se ao longo do verão beneficiar de uma aplicação regular de fertilizante líquido rico em fósforo, proporcionará constantes e abundantes vagas de novas flores. Convém ir retirando as folhas amarelas e as flores que vão envelhecendo, para suscitar folhas novas e floração. Também se pode cortar o topo dos raminhos se se pretender um arbusto mais encorpado ao invés de uma trepadeira alta. Cuidado com o látex porque pode ser irritante para certas peles.

Luz: Gosta de ficar ao sol durante a maior parte do dia, embora por vezes este queime a cor da flor que se apresenta desbotada, sobretudo se for vermelha. Suporta alguma sombra se o calor for excessivo a meio do dia.

Humidade: Necessita de humidade constante mas não gosta de um solo muito enxarcado. Por esta razão a mistura onde é plantada deve permitir drenar bem a água da rega, que pode ser frequente desde que não em muita quantidade de cada vez. Pode-se deixar secar a superfície um pouco pois tolera alguma secura, mas prefere ser regada com regularidade se o sol que apanha é direto e por mais de 5 horas diárias. 

Resistência: Resiste bem nas regiões quentes (zonas 9-11) e pode morrer quando exposta a muito frio e geada, mas eventualmente ressurge na primavera no mesmo local. 
 
Pestes e doenças: Quando as condições de cultura não são as ideais – má composição do solo, pouca água ou insuficiente alimento – podem apanhar pulgão ou cochonilha. Uma boa mangueirada seguida de aspersão de todas as folhas e caules com água saponosa (sabão neutro) ajudará a ver-se livre destes visitantes indesejados. Caso não resulte adquira um produto adequado e siga as instruções na embalagem. Mas esta será sempre uma solução química e pouco amiga do ambiente, pelo que caso pretenda ser mais favorável a um ambiente são, evite em primeiro lugar que estas pragas se iniciem retirando com um pequeno algodão os pequenos pulgões e a cochonilha.

Propagação: Pode ser multiplicada por estacas com uns 20 cm, cortadas dos troncos mais lenhosos durante o verão  e aplicando pó de hormonas enraizadoras na extremidade cortada. Mais uma vez se aconselha cuidado com o líquido que deita quando cortada, pois em algumas pessoas provoca irritação na pele.

Aplicações:
A Mandevilla pode ser utilizada com muito sucesso em alpendres ou pátios, pois para além de poder ser plantada diretamente no jardim, também suporta ser plantada em vasos grandes com boa mistura de terra vulgar, areia e um material orgânico rico (estrume de galinha ou de cavalo, bem curado).

É uma ótima escolha para um local que necessite de uma trepadeira que cresça depressa, embora não se deva esperar uma cortina espessa que proteja totalmente a visão do exterior, porque o seu crescimento, embora rápido, não é muito denso, apenas forma um écrã com cerca de 2 a 3 metros de altura, muito agradável de se ver quando florido.
 
Como não suporta o frio intenso, pode ser trazida para dentro de casa e com boa luminosidade ou colocada numa varanda abrigada, onde crescerá menos intensamente durante o inverno, perdendo também algumas folhas, Não dará flor no tempo frio, mas logo que o tempo melhore pode voltar a ser colocada ao sol e voltará a florir como no verão anterior. Basta aparar alguns tronquinhos que possam ter secado ou pareçam mortos e cuidar de melhorar o solo com um bom fertilizante e água.

Características:
A beleza desta planta que envolve as belas flores coloridas e também as suas folhas brilhantes verde escuro, justificam por si só o interesse de muitos jardineiros na sua cultura. Como cresce muito depressa ajuda a disfarçar algum aspeto menos atraente que se queira esconder no jardim ou na varanda.
 
 
 
 
 

julho 03, 2014

ESCALÓNIA


 

Escalónia (Escallonia) 

Família: Grossulariaceae
Nome comum: Escalónia
Outras variedades: E. montevidensis, E. exoniensis, E. microphylla, E. punctata, E. virgata
 
Descrição: 
 

Pequeno arbusto na maior parte dos casos de folha perene, a Escalónia encontra-se com frequência em jardins municipais ou em vivendas urbanas e é normalmente utilizado em sebes ou como pequena árvore. Na utilização comum é muitas vezes designada por buxo, embora erradamente. De cada tronco principal desenvolvem-se ramos menos lenhosos, com pequenas folhas de um verde escuro brilhante, miúdas, dispostas ao longo dos caules, que se desenvolvem para todos os lados da planta com grande entusiasmo e por vezes numa aparente desordem. Quando deixada crescer sem controlo, forma grandes maciços que se cobrem de pequenas flores quase todo o ano. Quando aparada com frequência e sujeita a um modelo em forma de árvore, pode atingir 6 metros de altura. Habitualmente faz-se uma poda sistemática logo após a época da floração. É muito fácil de manter e aconselhável para quem pretenda constituir rapidamente (2 anos) uma sebe densa, de cor permanentemente verde escura e salpicada de pequenas flores vermelhas ou brancas na estação própria, em geral o Verão e o Outono. As folhas de algumas espécies quando esmagadas, libertam um ligeiro aroma próprio.
 
Origem: Nativa das regiões temperadas da América do Sul, é muito comum em quase todo o sul da Europa, nomeadamente no nosso País.
 
Cultura: Fácil de cultivar e de reproduzir, a Escalónia requer solo pouco rico mas bem drenado, suportando temperaturas extremas sem dificuldade. Não sofre praticamente ataque de nenhuma praga ou inseto, tornando-se ideal para sebes e contornos de altura média. Deve ser podada quando destinada a sebe logo após a floração, ou nos locais mais frios, no início da Primavera.
 
Luz: Gosta de sol pleno e pouca sombra, mas é bastante resistente em quase todos os locais onde a temperatura é temperada.
 
Humidade: Não deve ser cultivada em terrenos húmidos, pelo que se aconselha uma mistura de terra com areia para ajudar a drenar o solo onde for plantada. Não requer rega sistemática, mas aprecia um pouco de água no tempo mais quente, junto ao tronco principal.
 
Resistência: Forte e resistente à geada e ao sol, é um excelente arbusto para qualquer jardim.
 
Propagação: Por corte de caules tenros e novos, na Primavera, ou de ramos mais maduros retirados no Outono. Mergulhe a ponta cortada em hormona fertilizante, plante em recipiente pequeno com mistura de terra e areia e coloque-o em local protegido até nascerem as primeiras folhas. Pode cortar com as unhas  o topo da muda para forçar um desenvolvimento mais vigoroso de brotos laterais em vez do crescimento vertical. Transplante depois para o local definitivo, de preferência na estação menos fria e ventosa, deixando um espaço de cerca de 60 cm entre cada pé. Corte frequentemente os lados e os ramos que cresçam mais em altura, alinhando e corrigindo, para incentivar a formação de um arbusto encorpado e harmonioso. Se necessário, utilize uma corda esticada entre dois paus para ajudar a manter a tesoura de poda sempre ao mesmo nível. Atendendo ao seu rápido desenvolvimento, a arquitetura da sebe beneficiará destas podas frequentes.
Aplicações: Ótimo em sebes, pequenas árvores floridas no meio de um jardim relvado ou ainda num canteiro como fundo para um contraste verde escuro para flores anuais coloridas.
 
Características: A Escalónia é a rainha das sebes: é muito barata, fácil e rápida de propagar, resistente, quando saudável enche-se de pequenas flores brancas ou vermelhas, cujas folhas brilhantes, aromáticas e verde escuras são óptimas para complementar um ramo florido numa jarra. Dois anos passam depressa no que à natureza diz respeito, e de estação para estação a Escalónia desenvolve-se tão bem que proporciona grande satisfação a quem plantou este belo arbusto, que ainda por cima se caracteriza por não ter praticamente nenhum inconveniente, nem mesmo ao nível das pragas.